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Governo anuncia medidas anticíclicas para dar sustenção à economia

Fonte: Portal Sebrae
Regina Xeyla e Clara Favilla Márcia Gouthier Para o diretor do Sebrae Carlos Alberto dos Santos, a medida indica que, havendo bons projetos, não faltará crédito Brasília - O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou, na tarde da quinta-feira (6), medida já anunciada pelo governo de destinar adicionalmente R$ 5,25 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), aplicados em títulos públicos, à ampliação do crédito às pequenas empresas e microempresas. O objetivo é atenuar para o segmento os efeitos da escassez de crédito devido à crise financeira global. Inicialmente serão liberados R$ 1,25 bilhão, inclusive para projetos de agricultura familiar. Os outros R$ 4 bilhões serão liberados a partir de janeiro, apenas para as empresas. O repasse desse dinheiro será feito pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, via outros agentes financeiros. Para o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, a medida é importante porque significa que, havendo bons projetos ou necessidade de capital de giro, não faltarão recursos. Além dessa medida, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou também durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), a concessão de novas linhas de crédito para a produção, além de uma extensão no prazo para as empresas pagarem alguns tributos federais: o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), o Imposto de Renda Retido na Fonte e a Contribuição da Previdência. Já o Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) vão ter apenas mais cinco dias de prazo. O governo também irá reforçar o caixa do BNDES com R$ 10 bilhões para empréstimos às empresas brasileiras. O diretor de Micro e Pequena Empresa do Banco do Brasil, José Carlos Soares, tem garantido que não faltarão recursos para quem continuar produzindo. A instituição é a principal operadora do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), formado por recursos orçamentários do Sebrae. De janeiro a outubro deste ano, as operações de crédito feitas pelo Banco do Brasil com micro e pequenas empresas, garantidas pelo Fampe, atingiram R$ 1,2 bilhão e há ainda grande espaço para crescimento. Ou seja, havendo recursos disponíveis e empresários dispostos a obterem financiamento comprovando capacidade de pagamento, as operações continuarão fluindo. Segundo o diretor de Adminsitração e Finanças do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, os recursos adicionais disponibilizados pelo FAT são consideráveis e fazem parte do elenco de medidas que o governo vem tomando apropriadamente para controlar os danos provocados pela crise financeira global. Ele também ressaltou que a crise não afeta de modo uniforme o setor produtivo. Se há empresas que estão sofrendo com a elevação do câmbio, muitas outras, as que não utilizam componentes e insumos importantes, estão ganhando. “A crise e seus efeitos são complexos. Naturalmente, empresários repensam investimentos e consumidores avaliam com maior cuidado suas possibilidades de gastos. O importante é monitorar os problemas, tomar as medidas necessárias, mas também ficar de olho nas oportunidades que a crise oferece”.
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